domingo, 14 de agosto de 2011

Solidariedade

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou na semana passada que o pior da crise humanitária, gerada pela fome e seca na Somália, ainda está por vir. A organização solicitou à comunidade internacional um compromisso maior com a situação de emergência que atravessam milhões de pessoas. E informou que o número de refugiados deve aumentar dramaticamente nos próximos meses.
O representante da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) no Quênia alertou que a situação pode se tornar “simplesmente insuportável” nas próximas semanas, se somalis continuarem abandonando suas casas no sul e centro do país em busca de abrigo e alimentos. Cerca de 200 mil pessoas deixaram o país nos últimos dois meses, rumo aos países vizinhos Quênia e Etiópia. “A possibilidade é de que simplesmente todo mundo que mora nessas áreas deixe os locais, o que seria um desastre”, disse Luca Alinovi, acrescentando que os custos de transportes dobraram nos últimos meses - evidência de que há um aumento da demanda por saídas e retiradas de pessoas da região.

A fome afeta cerca de 12,4 milhões de pessoas na Somália, Djibuti, Etiópia e Quênia, segundo dados da FAO. A organização convocou reunião urgente em Roma para o dia 18 de agosto com o objetivo de buscar com ministros e especialistas soluções para a grave fome que assola o continente africano. “Ainda não vimos o pior da crise. Prevemos maior deterioração dos níveis de desnutrição aguda e mortalidade, assim como o aumento dos preços dos cereais e uma temporada de colheita com escassas chuvas”, afirmou a subsecretária do Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA), Catherine Bragg.

A diplomata compareceu ao Conselho de Segurança da ONU para informar os países-membros sobre a situação atual na Somália, onde já são cinco as zonas em que foi declarada crise de fome e 3,2 milhões de pessoas precisam de “ajuda imediata para sobreviverem”.

Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
As intervenções sanitárias são tão importantes quanto organizar as provisões de alimentos, já que, com a chegada da temporada de chuva em outobro, aumentará o perigo de epidemias, devido à falta de água potável.

O CICV (comitê Internacional da Cruz Vermelha) anunciou a abertura de conta bancária para doações à crise de fome na Somália. “Recebemos muitas ligações de pessoas interessadas em ajudar, fazer doações, ir para lá como voluntárias”, disse Sandra Lefcovich, assessora de comunicação da organização.
Segundo ela, o CICV também recebe doações pelo seu site na internet, através de transferência com cartão de crédito para conta internacional da instituição, em Genebra, na Suíça. As doações recebidas deverão ser convertidas em compra e distribuição de alimentos para mitigar a situação de fome extrema que já atinge mais de 3 milhões de pessoas.
Segundo comunicado do CICV, com o avanço da crise na Somália, a instituição “aumentou sua operação de emergência nas regiões sul e central do país, onde apenas um pequeno número de organizações está presente no terreno”. “Para poder assistir mais 1,1 milhão de somalis que se encontram em uma situação desesperadora, o CICV precisa elevar seu orçamento operacional em mais 67 milhões de francos suíços (equivalente a R$ 130 milhões)”, explica a nota.

SERVIÇO


PARA DOAR NO BRASIL
COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA
CNPJ: 04.359.688/0001-51
Banco: HSBC

Agência: 1276

Conta Corrente: 01034-73

Nenhum comentário: